segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Venenos de Deus, Remédios do
Confesso que me canso de alguns livros, deixando-os a meio ou mesmo quase no fim. Depois posso ou não regressar a eles. Se são bons, regresso. Senão nem me ralo. Hoje, com os ebooks esta minha "pancada" é bem mais barata. Regressei ontem a "Venenos de Deus, Remédios do Diabo" de Mia Couto. O médico Sidónio Rosa viaja até uma pequena aldeia de Moçambique para ajudar a população mas, principalmente, para esperar pela amada Deolinda que conhecera em Lisboa e que está algures num estágio. Enquanto espera (será que ela volta mesmo?), vai convivendo com os sogros Munda e Bartolomeu e com as outras personalidades de Vila Cacimba. Couto perde-se por vezes nos seus artifícios linguistas (menos é mais, por vezes) mas é um brilhante contador de estórias. Como sempre.
Contágio
Steven Soderbergh (série Ocean´s, Syriana ou Boa Noite e Boa Sorte) lidera um elenco de luxo - Matt Damonn, Laurence Fishbourne,Marion Cotillard,Jude Law,Kate Winslett ou Gwyneth Paltrow - num filme sobre uma estranha doença que ameaça matar milhões de pessoas em todo o mundo. Um filme sobre a doença, sobre a indústria que a cura, sobre o medo mas, à semelhança de outros filmes como Ensaio sobre a Cegueira, um filme sobre a natureza humana e os limites da civilização.
Os três mosqueteiros
A imortal obra de Alexandre Dumas tem aqui uma adaptação muito livre. As lutas de espadas são algo entre o Matrix e o 300 e a narrativa é mais light do que o costume, optando por uma comicidade e acção constante muito ao jeito d`Os Piratas das Caraíbas. Sem ter o charme que merece, as aventuras dos três mosqueteiros + um conhece uma nova era a 3D e com alguns elementos estranhos como a inclusão de navios voadores feitos a partir de planos de Leonardo Da Vinci. Em suma, é diferente, mas, não é, necessariamente mau.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Tiger Cool
Sim, já são demasiado vistos em Portugal, mas continuam a ser dos ténis mais cool que existem. Respondem pelo nome nada simples de Onistuka Tiger e eram usados nos anos 70 nos filmes de artes marciais e nos anos 80 e início dos 90 eram moda, na versão chuteira, nos futebolistas italianos. O Kill Billde Quentin Tarantino trouxe a febre de volta e, desde então, todos os usam. Bem sei que não é cool usar o que todos usam mas a mim, desde que o produto seja bom e bonito, como é o caso não me faz diferença. Até o Prince William os usa. Escolha o seu modelo.
O poder em África
A revista Forbes lançou o desafio e os seus leitores elegeram as 40 personalidades africanas mais poderosas. O escritor nigeriano Chinua Achebe, o músico senegalês Youssou N'dour e o futebolista marfinense Didier Drogba são os três africanos mais poderosos. Do top10 constam sete músicos e dois escritores.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Amigos e audiência
Andy Warhol previu que todos teríamos direito a 15 minutos de fama. Na era do Facebook, Twitter e Youtube, os minutos de fama são mais fáceis de obter mas, possivelmente mais curtos. Um amigo meu, hoje de manhã, lamentava que um dos seus amigos no Facebook não lhe falara na rua. Pois. Os amigos do Facebook são amigos apenas porque foi essa a palavra escolhida pelo fundador do fenómeno.
Na verdade, os amigos no Facebook são uma audiência. O ser humano tem a tendência para se achar o máximo (há casos mais agudos que outros) e achar que tudo o que faz é importante. Só isso explica que a cada almoço fora, passeio ou qualquer banalidade, se publiquem imagens e palavras sobre a atividade que estão a desenvolver quase como se vivesse para se ter um perfil de Facebook mais interessante.
A questão é que se precisa de público para esta forma de ser. E os amigos do Facebook aceitam ser público para que os seus amigos sejam o seu. Os aplausos são os likes. E assim vamo-nos sentindo mais importantes.
Virtualmente.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
The Kennedy´s
JFK, o mais conhecido membro da família Kennedy, foi assassinado no Verão de 1963, deixando para trás um curto período como presidente dos EUA mas, assumindo um lugar como lenda no imaginário norte-americano. Em The Kennedy´s, oito episódios de grande qualidade, com elenco de luxo, Greg Kinnear assume com segurança o papel de JFK na caminhada para o poder e na Casa Branca onde já se sabe o que fez: salvou (-se) o mundo de uma guerra nuclear na Crise dos Misseís de Cuba, fracassou na Baía dos Porcos, lançou a semente da ida do homem à lua e ainda viveu intensos confrontos raciais. Mas isso é história. O que The Kennedy´s oferece é a história de uma família com uma enorme sede de poder. Como o pai Joe quer a todo o custo que um membro da família chegue a Presidente e como se move para o conseguir, como o irmão bem intencionado tenta que essa luta seja o mais limpa possível, como Jacquie (uma bela interpretação de Katie Holmes) se aguentou sendo a sombra do marido e retrata JFK na intimidade. Um homem com problemas de saúde e um tremendo mulherengo. The Kennedy´s oferece o que todos queremos da história: ver os bastidores.
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